Cockers são alegres, brincalhões e muito companheiros! Esses cães muito populares no mundo todo e também no Brasil, estão entre as 10 raças mais criadas no país. Vamos conhecer um pouco mais desse cão companheiro, sua história e padrão da raça.

O Cocker Spainel (que nada tem a ver com espanhol) teve sua origem na Inglaterra, por isso é chamado de Cocker Spainel Inglês. É um cão de caça ( Grupo 8 – cães retrievers, levantadores e cães de água) e o seu trabalho é utilizado no levante de aves, para o caçador atirar e os retrievers ( labrador, golden etc) recolherem e trazerem para o caçador. Os Cockers foram desenvolvidos para entrar na mata atrás de aves, coelhos, faisões e todo tipo de animal pequeno de caça para espantá-las. Por isso sua pelagem densa nas patas e peito, protegendo de galhos, pedras e arbustos.




Muitas vezes além de espantar para que o caçador possa atirar, o cocker também trás a presa realizando o trabalho de retriever. Sua “boca macia” permite que até mesmo um frágil pato seja entregue ao caçador, sem nenhuma mordida.

Veja no vídeo abaixo um exemplo do Cocker trabalhando:



É para isso que ele foi criado! Portanto, proporcionar atividades de recolha, corrida, busca de objetos é obrigação fundamental do dono de um Cocker Spainel. Um cão com suas habilidades treinadas e que faça exercícios regularmente é sinônimo de um cão saudável, educado, obediente e de fácil convívio com seus donos. Lembre-se disso.



Obviamente no Brasil essa atividade não é permitida. Aqui não podemos matar animais silvestres e ninguém vai sair com um rifle e um Cocker pela floresta caçando. Porém podemos “imitar” a atividade de caça. Esconder um brinquedo no parque ( ou até mesmo em casa) e pedindo para seu cão achar, jogando uma bolinha bem longe e pedindo para seu cão trazer são atividades fáceis e que farão seu Cocker um cão mais feliz. Afinal ele foi criado para isso!



O Cocker Spainel Ingles é um cão muito amigo, ótimo com crianças, ótimo para apartamento (desde que seja exercitado diariamente e não fique sozinho), muito inteligente e prestativo. É considerado um cão de porte médio, medindo cerca de 40cm de altura e pesando cerca de 12 kg.



Sua coloração pode ser sólida, bicolor ou tricolor. Mitos são criados de que Cockers Spainels dourados são mais bagunceiros, isso não existe. O que ocorre é que os dourados são mais procurados pelos compradores e canis despreparados, visando apenas o lucro, cruzam pais, filhos e irmãos dourados, para que nasçam filhotes dourados. Esse cruzamento sem estudo resulta em filhotes problemáticos. O mesmo aconteceria se fossem pretos ou tricolores, por exemplo.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o padrão da raça:

APARÊNCIA GERAL: alegre, robusto, esportivo, bem balanceado, compacto, medindo da cernelha ao solo aproximadamente o mesmo que da cernelha à raiz da cauda.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: de natureza alegre, com a cauda mostrando típico movimento incessante, cheio de energia, principalmente quando segue rastros; destemido, enfrentando qualquer tipo de terreno. Meigo, afetuoso, cheio de vida e exuberante.



CABEÇA

REGIÃO CRANIANA
Crânio: bem desenvolvido, nitidamente cinzelado, nem muito afilado nem muito grosseiro.
Stop: bem marcado, situado à meia distância entre a ponta da trufa e o occipital.

REGIÃO FACIAL
Trufa: suficientemente larga para favorecer a capacidade do faro.
Focinho: quadrado.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes, com uma perfeita, regular e completa mordedura em tesoura.
Bochechas: não proeminentes.
Olhos: cheios, mas não proeminentes. Marrom escuros ou marrons, jamais claros; porém, no caso de cães de cor fígado, fígado ruão e fígado e branco, os olhos são de cor avelã escura, em harmonia com a pelagem; com expressão de inteligência e meiguice, porém alerta, esperto e brilhante; pálpebras bem ajustadas.
Orelhas: lobulares, de inserção baixa, no nível dos olhos. Couro fino, estendendo-se até a ponta da trufa. Bem revestidas com pelos longos, lisos e sedosos.

PESCOÇO: de comprimento moderado; musculoso. Bem ajustado em ombros bem inclinados. Garganta sem barbelas.

TRONCO: forte e compacto.
Linha superior: firme, nivelada, suavemente descendente do final do lombo à raiz da cauda.
Lombo: curto e largo.
Peito: bem desenvolvido e profundo; nem muito largo nem muito estreito na frente. Costelas bem arqueadas.

CAUDA: inserida ligeiramente abaixo da linha do dorso. Deve ser alegre em movimento e portada em nível, nunca voltada para cima. Anteriormente era costume o corte da cauda. Hoje essa prática é proibida em alguns estados do Brasil. ( bem como o corte de orelhas em algumas raças)
Cortada: nunca tão curta que não se veja, nem tão longa para interferir na sua ação incessante e alegre quando em trabalho.
Não Cortada: levemente curvada, de comprimento moderado, proporcional ao tamanho do corpo dando uma aparência geral equilibrada; não deve ir além do jarrete. Forte em sua raiz e afilando até a ponta, que deve ser fina. Bem franjada, em harminia com a pelagem. Sempre em movimento vivaz é portada em um plano não mais elevado que o nível do dorso e nunca tão baixo que indique timidez.



MEMBROS
Anteriores: com boa ossatura, retos, suficientemente curtos para concentrar a força. Não muito curtos a ponto de interferir no tremendo empenho que é esperado deste magnífico cão de caça.
Ombros: bem inclinados e refinados.
Patas: firmes, com almofadas grossas e pés de gato.
Posteriores: largos, bem arredondados e muito musculosos; com boa ossatura.
Joelhos: bem angulados.
Jarretes: curtos, permitindo uma grande propulsão.

MOVIMENTAÇÃO: andadura fluente, com grande propulsão e boa cobertura de solo.

PELAGEM
Pelo: liso, de textura sedosa, jamais de arame ou ondulado; não muito abundante e nunca encaracolado. Bem franjado nos anteriores, corpo e acima dos jarretes.

CORES: várias. Nas cores sólidas, só é permitida a cor branca no peito.

TAMANHO / PESO
altura aproximada: para machos: 39 – 41 cm (15,5 a 16 polegadas).
para fêmeas: 38 – 39 cm (15 a 15,5 polegadas).
Peso aproximado: de 12,5 – 14,5 quilos.

FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão e na sua habilidade para executar seu tradicional trabalho.

FALTAS DESQUALIFICANTES
• agressividade ou timidez excessiva.
• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

Fonte: CBKC