John Unger, gerente de uma fazenda de criação de frutas em Bayfield, no Estado norte-americano do Wisconsin, pensou seriamente em suicidar-se ao romper com a namorada, em meados dos anos 90. Segundo ele, o pior só não aconteceu por causa do afeto que o ligava a Schoep, o cão que adotara aos 8 meses de idade num abrigo público da cidade.
Schoep, produto de uma mistura de diferentes raças de cães pastores, acompanhou Unger pela vida afora — no dia-a-dia, em viagens, no que Unger chama “todo tipo de aventuras”. O tempo passou, Schoep envelheceu, e aos 19 anos de idade — idade avançadíssima para um cão — estava já seriamente afetado por artrite e um câncer no quadril, que lhe causavam muitas dores, com pouca audição e quase cego. O veterinário recomendou que fosse sacrificado.
“De jeito nenhum!”, disse Unger. Seus cuidados com o cachorro o levaram, durante o verão, a conduzi-lo diariamente para as águas, nessa época cálidas, do Lago Superior — Schoep relaxava tanto nos braços do dono que, aliviado, dormia. Uma dessas cenas acabou sendo fotografada por uma amiga de Hunger, Hannah Stonehouse Hudson, fotógrafa de cães — e a foto, de julho do ano passado, caiu na rede, rodou o mundo, tornou-se viral e elevou os três protagonistas à categoria de celebridade.
O mesmo ocorreu com vídeos no Youtube. Confira a entrevista dada para um telejornal americano:
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Até então, Unger dispunha de poucos recursos para propiciar a Schoep tratamentos de última geração, como aplicações de laser e o uso de remédios caríssimos. Mas doações choveram do mundo todo. A página no Facebook criada por Unger para relatar o processo de tratamento de Schoep, que reagiu muito bem durante os primeiros meses, chegou a ter 174 mil fãs — agora, o número supera 300 mil. A fotógrafa Hannah, por sua vez, passou a não dar conta de encomendas por todo o país, por meio de sua empresa, a Stonehouse Photography.